A JS Felgueiras decidiu, por unanimidade, apoiar a tomada de posição que o Partido Socialista de Felgueiras tomou no passado dia 08 do corrente mês, bem como o comunicado lido pelo Presidente do PS – Inácio Lemos.




COMUNICADO



O Partido Socialista e a Comissão Política do PS/Felgueiras agradecem desde já a todos os órgãos da comunicação social por se dignarem estar presentes, saudando em extensão todos os companheiros e restante população de Felgueiras.

Ex.mos Senhores:

Após semanas de aturada análise e reflexão, o Presidente da Comissão Política do PS/Felgueiras decidiu dar provimento às solicitações duma maioria de elementos desta Comissão Política, assim como de diversas e proeminentes figuras ligadas ao Partido Socialista e outras representativas da sociedade civil, de forma a um cabal esclarecimento acerca do que se consideram disfunções e anormalidades graves no processo autárquico patrocinado pelo nosso partido.
Para um perfeito entendimento, passaremos a citar, cronologicamente, as etapas mais significativas deste processo e respectiva candidatura.

1.Em Janeiro de 2005, o líder distrital Francisco Assis reuniu com diversas personalidades deste concelho, oriundas da família socialista, sendo sua intenção primária a busca e indicação de perfis para putativos candidatos que permitissem a vitória eleitoral, não descurando uma dignificação do processo e respectiva credibilização dos candidatos, tendo em conta a necessidade de renovação e, ao mesmo tempo, a restituição da nobreza ao exercício de cargos políticos e públicos, tendo sido elencados diversos nomes passíveis de enquadramento no perfil desejado.

2.Durante o mês de Fevereiro é publicada uma sondagem que indica José Campos como o candidato preferencial para liderar a lista do PS ao Executivo Municipal.

3. A 17 de Março é formalizado o convite a José Campos através da figura do Presidente da Federação do PS/Porto acompanhado pelo Presidente da Concelhia e seu Secretário-Coordenador.

4. A 8 de Abril a Comissão Política do PS/Felgueiras decidiu, por unanimidade, patrocinar a candidatura do independente José Campos.

5. Embora com reserva de alguns membros da Comissão Política, a verdade é que nunca o PS/Felgueiras impôs qualquer condição ou parâmetro de actuação ao doravante candidato.

6. José Campos estava ciente que qualquer candidatura assente no patrocínio do Partido Socialista teria que, organicamente, ter como base os valores, princípios e ideais por nós defendidos, acrescendo a responsabilidade de representar uma força partidária com trabalho feito neste concelho, com vitórias eleitorais desde o 25 de Abril e consequente património, cujo significado político é representado pela base social que o PS/Felgueiras tanto se orgulha em manter.

7. Era sabido, à partida, que a gestão política dum candidato sem origem na família socialista poderia trazer algumas dificuldades, alguma incomodidade, alguns problemas de comunicação ou de entendimento. No entanto, aguardava-se com expectativa que o candidato ultrapassasse estas dificuldades através duma transparente e contínua relação com a Comissão Política que, para tal, sempre se disponibilizou.
José Campos veio a denotar, no entanto, deste o início deste processo, uma vontade contrária ao interesse da decisão colectiva e democrática, preferindo centralizar em si todo o poder decisório e ostracizando desde o início toda e qualquer opinião vinculada pelos membros da Comissão Política, cedo se percebendo que o candidato não estaria interessado em discutir quer projectos quer a base programática da sua candidatura com os dirigentes do PS.

8. A sua conduta, enquanto líder do processo, levou a que se criasse uma barreira entre a direcção de campanha, o PS e o próprio candidato, ficando José Campos entregue a uma redoma onde o PS e praticamente todos os seus colaboradores não tinham acesso.

9. Este comportamento desviante levou a que o Secretário-Coordenador Augusto Faria se demitisse em clara incompatibilização com o candidato e, por reacção, com o próprio PS.

10. Incapaz de conter os estragos, manteve o seu posicionamento, chamando coerência ao que nós chamamos comportamento desrespeitoso, já que pôs em causa todas as normas, regras e valores da instituição PS. Acresce que a forma pouco ética com que vem lidando com alguns colaboradores mais próximos tivessem levado à renúncia do seu braço direito e director de campanha.

11. Estas razões, acrescidas de uma péssima gestão da feitura das listas para o Executivo e para a Assembleia, levaram diversas figuras de prestígio ligadas ao PS a declinar convites para diversos cargos, em clara rotura com a forma e também com o conteúdo do projecto corporizado pelo candidato José Campos.

12. Consubstanciando a intrincada relação entre o candidato e o partido que o promove, constatamos que a esta candidatura falta linha de rumo, estratégia, projecto ou programa válido e substantivo. Sem uma visão global dos problemas e carências existentes no concelho, não existindo capacidade de diagnóstico, esta candidatura nunca terá capacidade de soluções.

13. Face ao exposto somos a concluir que o candidato em que o PS depositou total confiança e liberdade de escolha, veio a revelar-se completamente adverso às linhas de valor corporizadas pelo Partido Socialista, mostrando uma total afronta na forma pouco democrática como se relaciona com o partido que o patrocina. Sem sentido disciplinador do dever, desbaratou em pouco tempo todo o capital de confiança em si depositado.
Ao PS e seus eleitos, exige-se um dever de serviço, sempre no mais estrito respeito pela orientação socialista de cariz social, de rigor, seriedade, competência, tolerância e solidariedade, espinha dorsal que, inevitavelmente, terá de acompanhar todos os nossos candidatos.

CONCLUIMOS:

AO PS /FELGUEIRAS E RESPECTIVA COMISSÃO POLÍTICA NÃO RESTA OUTRA ALTERNATIVA QUE NÃO SEJA A RETIRADA, COM EFEITOS IMEDIATOS, DA CONFIANCA POLÍTICA AO CANDIDATO (JOSÉ CAMPOS), ASSIM COMO VETAR NA TOTALIDADE QUAISQUER QUE SEJAM AS LISTAS QUE ESTA CANDIDATURA VENHA A APRESENTAR, COM EXCEPCÃO DAS DOS CANDIDATOS ÀS ASSEMBLEIAS DE FREGUESIA, JÁ QUE ESTE PROCESSO FOI CONDUZIDO NA ÍNTEGRA PELO PS E A ESCOLHA DOS CANDIDATOS FOI ASSENTE NUMA BASE DE QUALIDADE, COMPETÊNCIA E SERVIÇO PRESTADO DESDE SEMPRE À COMUNIDADE FELGUEIRENSE.

COMISSÃO POLITICA FELGUEIRAS

O PRESIDENTE

Inácio Lemos

JUVENTUDE SOCIALISTA

O PRESIDENTE

Filipe Carvalho